Ele pode ter música, dança, massagem e exercícios de respiração. Ou pode não ter. Em um parto humanizado, quem decide os métodos para alívio da dor é a mulher. Nele, não existe um roteiro, todos os recursos são escolhidos por ela e intervenções médicas só são realizadas em caso de necessidade. Em um parto humanizado, a mulher é a protagonista.
O parto humanizado não é um tipo de parto, mas uma forma de conduta segura e respeitosa da equipe médica, baseada em evidências científicas atuais e guiada por orientações da Organização Mundial de Saúde – OMS. As práticas e os cuidados obstétricos são os mesmos aplicados nos países de primeiro mundo que seguem tais recomendações. Em decorrência disso, esses países apresentam os melhores indicadores e resultados perinatais.
Dar à luz com uma assistência humanizada significa ter à disposição o melhor amparo médico e tecnológico para garantir a segurança da mãe e do bebê, e só receber intervenções quando for realmente necessário.
Como o corpo feminino é naturalmente preparado para gestar e parir, a equipe de atendimento humanizado respeita a autonomia da mulher. Em um parto humanizado, ela é protagonista desse momento. Por isso, o curso natural do trabalho de parto é respeitado, e a equipe só interfere se houver necessidade e com o consentimento da mulher.
Como é o parto humanizado
Quando opta por buscar profissionais adeptos dessa conduta, a mulher é atendida desde a gravidez por uma equipe multidisciplinar escolhida por ela. Obstetras, enfermeiras obstétricas, obstetrizes, fisioterapeutas, acupunturistas, psicólogos, nutricionistas, professores de yoga, fotógrafos e doulas são alguns dos profissionais que podem compor essa equipe, conforme o desejo da mãe, para contribuir com seu bem-estar e empoderamento.
As consultas de pré-natal acompanham a saúde da mãe e do bebê e, também, esclarecem dúvidas e tranquilizam a gestante. O profissional, que pode ser um médico ou enfermeiro obstetra, oferece informações baseadas em evidências científicas atuais que ajudam a mulher a compreender melhor o assunto e se fortalecer. Com isso, ela se sente mais segura e confiante para participar das escolhas durante a gravidez, o parto e o pós-parto.
Com uma equipe multidisciplinar, a mulher é examinada em casa por uma obstetriz ou enfermeira obstetra, quando o trabalho de parto se inicia. O ideal é que a ida para o hospital seja no momento em que o trabalho de parto entra na fase ativa. Antes disso, caso não haja necessidade de monitorar melhor a evolução, é indicado que a mulher permaneça em casa, em um ambiente tranquilo e onde se sente segura. Essa recomendação é justificada: o bem-estar da mulher ajuda o trabalho de parto a fluir. Uma internação precoce, quando o trabalho de parto ainda está numa fase inicial, chamada de latência, pode acabar gerando intervenções desnecessárias no trabalho de parto.
No hospital, o obstetra passa a acompanhar a mulher, monitorando os batimentos cardíacos do bebê e todo o andamento do processo. O trabalho do médico, nesse momento, é certificar-se de que tudo está correndo bem, e deixar a gestante livre. Ela pode comer, andar, mudar de posição, caminhar, dançar, ouvir música e sentir as contrações embaixo do chuveiro. Também tem liberdade para utilizar os recursos que algumas maternidades disponibilizam, como banheira, bola de pilates, barras e banqueta.
Doulas podem auxiliar no alívio da dor oferecendo recursos não farmacológicos, como massagens e suporte emocional, além de cuidarem do ambiente para que ele se torne o mais relaxante possível, com luz baixa, óleos essenciais e música. Mas cada um desses itens só é usado se a mulher expressar vontade, ou combinar com a equipe antes do parto.
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