Versão Cefálica Externa (VCE)
A VCE é um procedimento seguro, recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que deve ser oferecido para mulheres com bebês que não se encontram de cabeça pra baixo no nono mês de gestação, e tem como objetivo principal aumentar as chances de um parto normal. A obstetra Andrea Campos realizou a primeira versão em paciente acompanhada em consultório em 2005. Inicialmente realizava o procedimento apenas nas pacientes acompanhadas por ela no pré-natal das quais acompanharia o parto, e a partir de 2011 passou a realizar também em pacientes encaminhadas por outros médicos. Fatores que podem diminuir as chances da VCE dar certo são dor muscular, que a paciente pode sentir, e contrações do útero na hora da manobra. Para ajudar nesses casos podem ser usadas analgesia e medicamento para ajudar no relaxamento do útero. Em algumas pacientes a tentativa foi realizada mais de uma vez. As tentativas foram realizadas inicialmente sem medicamentos, e posteriormente, nos casos sem sucesso, foi usado analgesia (raqui ou peridural) e/ou terbutalina (relaxante da musculatura uterina). De dezembro de 2005 a novembro de 2018 , 68 pacientes com bebê em apresentação pélvica foram atendidas, tendo ocorrido 94 tentativas de VCE, pois as gestantes que não tinham a primeira tentativa sem medicamentos bem sucedida eram submetidas posteriormente a outras tentativas, com tocólise e/ou analgesia. Das 68 pacientes, 53 foram submetidas a uma VCE bem sucedida (78%), e destas, 33 tiveram um parto normal (63%). A taxa de cesárea em pacientes submetidas a VCE com sucesso é 3,8 vezes maior em relação a bebês cefálicos espontâneos (excluindo prematuros, gemelares, pélvicos e 2 ou mais cesáreas anteriores). Isso ocorre em decorrência de mal posicionamento do bebê ou anormalidades da frequência cardíaca do bebê durante o trabalho de parto.